Ah, a lei da vida, sempre assim. Sempre; sempre; sempre; como dói ser assolada pelo sempre, quando tudo que preciso é o nunca. Sempre existirá o rei, comandando tudo que do alto da torre de seu castelo dê para enxergar. Controlando seus vassalos, pobres vassalos, não têm escolha, apenas deixam que o sol queime suas peles grossas, deixando-as
febris, uma febre superficial, que só queima o que há por fora. Eu sou como um vassalo do teu coração. Apenas sou comandada por você, que não é rei, mas impera sobre mim. Que cruel destino o meu, queimar de amor por você, que só me observa do alto da tua torre medíocre, mas que nem sabe quem sou eu. E o tempo me assola assim como o sempre, de fato há uma semelhança, ambos são infinitos. Entre nós a distância, de uma torre feita de pedras, assim como o teu coração gélido. Ou quem sabe o meu que é assim, tão impenetrável? Talvez seja isso, toda essa rigidez não permite que o ríspido sol o aqueça. Não importa, tenho que me conformar, enquanto você é rei e eu for serva é assim que funciona. Um amor vassalo, onde não há encontros rápidos e intensos. Apenas um olhar vindo do campo, almejando que aquela
enorme torre venha ao chão.
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
Um Sorriso em Meio a Passos Ensaiados
Era apenas mais uma noite, mas quando a música começou, ele a envolveu em seus braços, e começaram seus passos ensaiados. Ambos se perdiam em meio a multidão dançante, porém não sabiam que quanto mais achavam que estavam a sós no salão, mais se destacavam perante os olhos dos que observavam.
A menina nervosa e envergonhada, procurava conforto segurando as mãos do rapaz, que com um sorriso tímido, a encorajou e com isso deram mais voltas e giros em torno dos outros casais que agora paravam para observá-los também.
Sorriram.
Juntos, compartilharam um momento, compartilharam uma dança...Para eles, vários passos desajeitados, para os demais: uma dança deslumbrante, a qual, ambos dançavam apenas um para o outro.
Juntos, compartilharam um sorriso.
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
Abrir mão de brilhar
Hoje olhei para o céu, refleti sobre sua imensidão extremamente incompreensível para mim, admirei as estrelas entrelaçadas no azul marinho esparramado sobre minha cabeça. Fitei cada estrela, cada mísero brilhar. Fiquei ali, deitada na grama molhada, tentando contar cada ponto brilhante, e me perdi diante do infinito. Perdi minha vontade de utilizar a razão, de me emocionar, de amar. Apenas me dediquei à somatória incoerente, enquanto o tempo passava, enquanto minha vida cansava-se me mim, enquanto minha inspiração se fazia distante. Depois, acordei do pesadelo real, pensei, pensei, mas não cheguei a nenhuma conclusão, apenas andei em direção à mais um dilema caricato que se interessasse pela minha existência medíocre. Apenas caminhei em direção a um novo universo, que parecia tão perto de mim naquele instante.
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
Lágrimas De Chuva
Há tanto tempo ela não se sentia tão livre como estava se sentindo agora. A paz e a calmaria a cercavam, entregando-a ao mundo; a envolviam, protegendo-a dos gritos de angústia dos que tentavam se aproximar.
Ela, com uma força incrivel, não se abalava. Continuava com a mesma feição tranquila, enquanto o vento soprava o desespero em sua face, brincava com seus cabelos, amaldiçoando-a, uma vez que ela ficava indiferente a brisa que lhe acariciava.
Enquanto caminhava pela rua deserta, sem piedade de seus pés que já gritavam, suplicando por um descanso, o céu chorou.
A primeira gota de chuva chegou a sua face com um toque doce e gentil, fazendo-a chorar, em companhia para as nuvens que insistiam em esconder os raios de sol.
A calma, a paz, a tranquilidade a cercavam.
domingo, 25 de outubro de 2009
Vidas unidas por um vento qualquer
Ela
Ela pegou o sobretudo preto que estava sobre a cama estendida. O dia la fora seguia seu curso natural, mas a vida dela não estava nada conforme o esperado. Não havia sentido viver assim. Resolveu dirigir até a praia. Chegando Lá avistou o mar interminável em sua cor profunda e ilimitada. Era estranho ver toda aquela perfeição e se sentir deslocada no mundo, num mundo que nem sabemos ao certo o que é. Tirou um papel em branco do bolso e escreveu: "Sempre existirá uma segunda chance". Jogou-o ao vento, deixou que a natureza o carregasse para um destino mais adequado. Depois disso, ela sentou nas pedras gélidas e infindáveis que estavam ao acaso ali na praia. O vento levou o papel na direção oposta ao mar. Enquanto a noite chegava ela sentia calafrios por todo o corpo.
Ele
Ele saiu de casa apressado, não conseguia saber bem o porque de tudo aquilo, estava decidido, a fazer o que achava que era melhor para si mesmo. De fato não há o melhor ou pior, apenas o mais adequado. Vestiu suas roupas velhas, sujas, entrou no carro que mal funcionava. Dirigiu em direção a praia, levou consigo sua sentença de morte dentro do bolso, algumas pílulas perversas. Chegando lá viu um carro na direção oposta à estrada, parecia uma mulher, não importa. Estacionou bem perto da praia, estava bem escuro, a lua minguante era pouco para tamanha imensidão. Ele sentiu cada grão de areia com a sola dos pés, mas algo de textura desconhecida o incomodou. Olhou para baixo,viu um papel meio amassado. Forçou os olhos, e conseguiu ler: "Sempre existirá segunda chance". Meteu a mão no bolso, jogou as pílulas no solo arenoso. Dirigiu em direção à sua casa com pensamentos distantes. O sol nasceu no horizonte.
Ela pegou o sobretudo preto que estava sobre a cama estendida. O dia la fora seguia seu curso natural, mas a vida dela não estava nada conforme o esperado. Não havia sentido viver assim. Resolveu dirigir até a praia. Chegando Lá avistou o mar interminável em sua cor profunda e ilimitada. Era estranho ver toda aquela perfeição e se sentir deslocada no mundo, num mundo que nem sabemos ao certo o que é. Tirou um papel em branco do bolso e escreveu: "Sempre existirá uma segunda chance". Jogou-o ao vento, deixou que a natureza o carregasse para um destino mais adequado. Depois disso, ela sentou nas pedras gélidas e infindáveis que estavam ao acaso ali na praia. O vento levou o papel na direção oposta ao mar. Enquanto a noite chegava ela sentia calafrios por todo o corpo.
Ele
Ele saiu de casa apressado, não conseguia saber bem o porque de tudo aquilo, estava decidido, a fazer o que achava que era melhor para si mesmo. De fato não há o melhor ou pior, apenas o mais adequado. Vestiu suas roupas velhas, sujas, entrou no carro que mal funcionava. Dirigiu em direção a praia, levou consigo sua sentença de morte dentro do bolso, algumas pílulas perversas. Chegando lá viu um carro na direção oposta à estrada, parecia uma mulher, não importa. Estacionou bem perto da praia, estava bem escuro, a lua minguante era pouco para tamanha imensidão. Ele sentiu cada grão de areia com a sola dos pés, mas algo de textura desconhecida o incomodou. Olhou para baixo,viu um papel meio amassado. Forçou os olhos, e conseguiu ler: "Sempre existirá segunda chance". Meteu a mão no bolso, jogou as pílulas no solo arenoso. Dirigiu em direção à sua casa com pensamentos distantes. O sol nasceu no horizonte.
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Cada Um...
Cada riso que deixei de sorrir. Cada choro que deixei de chorar. Cada palavra que deixei de dizer. Cada janela que deixei de abrir. As flores morreram e eu não mais poderei tocá-las.
Cada inverno que não aproveitei. Cada sopro de vento que não senti. Cada pôr-do-sol pelo qual não agradeci. Cada sonho que abandonei. Voam livres e ganham asas para, quem sabe, poder pousar em uma outra mente ingênua de uma criança qualquer.
Cada frase que deixei de ouvir. Cada conselho que não me importei. Cada minuto que nem vi. Cada sentimento que veio me destruir. Apunhalou-me e deu as costas para não ver-me cair no sono eterno.
Adeus.
Cada inverno que não aproveitei. Cada sopro de vento que não senti. Cada pôr-do-sol pelo qual não agradeci. Cada sonho que abandonei. Voam livres e ganham asas para, quem sabe, poder pousar em uma outra mente ingênua de uma criança qualquer.
Cada frase que deixei de ouvir. Cada conselho que não me importei. Cada minuto que nem vi. Cada sentimento que veio me destruir. Apunhalou-me e deu as costas para não ver-me cair no sono eterno.
Adeus.
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
É o que me faz bem
Eu sinto seu cheiro, e aprecio os defeitos da velha calçada, muita gente passa por ali, mais só você pode interferir sobre meu anseio. Eu vejo teu rosto, bela escultura de mármore, mas é quente, é real, é o que me fascina, é tudo muito bem composto, é a sina constante do meu dia a dia. Eu admiro seu olhar, cor da água translúcida, cor do mar, é profundo e calmo, é sereno e perspicaz, é ameno, é veneno, é a música da minha paz. Eu escuto tua voz, que embala meu sonho e desejo, a voz que guia minha orquestra, é o que almejo antes de dormir, é sussurro suave de ouvir. Eu sinto teu toque, é algo que move meu corpo, é luz que transforma meu dia, é a inspiração completa da poesia. Eu sinto teus gestos, é o que nutre meus pensamentos, é o que furta a risada ali no relento, é o que me faz ser alguém, é o que faz pelo menos, eu me sentir tão bem.
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Quando as Máscaras Caem
Por trás das máscaras em que vivemos, nos perdemos em nós mesmo e hesitamos ao responder a simples pergunta do "Quem Sou Eu".
Não nos reconhecemos mais quando as máscaras caem e revelam quem realmente somos, por baixo dessa casca pintada de perfeição. Uma máscara que chora por dentro, se escondendo atrás de um sorriso fingido. Uma máscara que ri por dentro, se escondendo atrás de um choro pesaroso.
Mentimos para nós mesmos, quando dizemos que não mentimos. Mentimos para nós mesmo quando respondemos a simples questões de personalidade.
E diante de tantas farsas e farsantes, com suas falas e personagens, cada um com sua máscara, nos percebemos dentro de uma grande peça de teatro. "Venham! Venham! O espetáculo já vai começar!!"
Nos percebemos dentro de uma grande mentira, chamada sociedade.
Não nos reconhecemos mais quando as máscaras caem e revelam quem realmente somos, por baixo dessa casca pintada de perfeição. Uma máscara que chora por dentro, se escondendo atrás de um sorriso fingido. Uma máscara que ri por dentro, se escondendo atrás de um choro pesaroso.
Mentimos para nós mesmos, quando dizemos que não mentimos. Mentimos para nós mesmo quando respondemos a simples questões de personalidade.
E diante de tantas farsas e farsantes, com suas falas e personagens, cada um com sua máscara, nos percebemos dentro de uma grande peça de teatro. "Venham! Venham! O espetáculo já vai começar!!"
Nos percebemos dentro de uma grande mentira, chamada sociedade.
domingo, 13 de setembro de 2009
Por trás de um adeus
Despedidas podem ser tristes ou felizes, depende da intensidade com a qual alguém interferiu na sua vida. Despedidas, podem ser a luz no fim do túnel ou a confirmação da perda de rumo. É tão doloroso ter que dizer adeus à alguém e no final esboçar um sorriso ardiloso, que não tem significado algum, exceto exprimir algo que não é verdade. É sem sentido dizer "Eu vou ficar bem", após um longo abraço, seguido de lágrimas, e como paisagem apenas malas encostadas numa porta aberta. É cruel quando o que resta é a ausência da
pessoa amada. Olhamos pela janela, e temos de pregar nossos
pés no chão para não sair correndo, como se isso fosse se modificar alguma coisa. Entretanto há despedidas que causam um alívio tão grande que chega a espantar. Alguns são mais desprendidos, sabem que uma mudança de atmosfera pode deixar o ar mais leve, e as estrelas mais brilhantes. Às vezes nos despedir de alguém que apenas deixava tempestades mais avassaladoras, é o presente ideal. O importante é saber discernir entre abrir mão do que realmente não fará falta, e valorizar ainda mais tudo que amamos. As despedidas sempre farão parte do cotidiano, saber como lidar com cada uma delas é uma tarefa árdua, mas não impossível.
pessoa amada. Olhamos pela janela, e temos de pregar nossos
pés no chão para não sair correndo, como se isso fosse se modificar alguma coisa. Entretanto há despedidas que causam um alívio tão grande que chega a espantar. Alguns são mais desprendidos, sabem que uma mudança de atmosfera pode deixar o ar mais leve, e as estrelas mais brilhantes. Às vezes nos despedir de alguém que apenas deixava tempestades mais avassaladoras, é o presente ideal. O importante é saber discernir entre abrir mão do que realmente não fará falta, e valorizar ainda mais tudo que amamos. As despedidas sempre farão parte do cotidiano, saber como lidar com cada uma delas é uma tarefa árdua, mas não impossível.
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
Continuo...
Enquanto continuo a escrever, o tempo passa. As palavras, eu encontro em meu cotidiano, e as vírgulas, em minha história passageira, sobre a saudade. Cada letra se joga, e se transforma no que quer dizer. Representam algo que não são.
Quem sabe isso é apenas uma saída? Uma forma de escapar. De não pensar. De não querer.
E apesar disso, continuo nessa caminhada assídua pelas frases de um repertório que não é meu. De músicas que não foram feitas por mim, contos que não escrevi, e histórias pelas quais, não passei.
E mesmo assim, continuo a escrever, enquando o tempo passa por mim, carregando-me em suas mãos.
Quem sabe isso é apenas uma saída? Uma forma de escapar. De não pensar. De não querer.
E apesar disso, continuo nessa caminhada assídua pelas frases de um repertório que não é meu. De músicas que não foram feitas por mim, contos que não escrevi, e histórias pelas quais, não passei.
E mesmo assim, continuo a escrever, enquando o tempo passa por mim, carregando-me em suas mãos.
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
Saber onde pisar
Quando as palavras se esgotam, quando os olhares não se destacam, quando nossos gestos são repetitivos, quando as falas já são decoradas, quando os passos são iguais, e as escolhas perfeitamente previsíveis. Quando tudo isso ocorrer no mesmo delicado instante, e fazer parte da vida de várias pessoas, que convivem juntas, ah isso será terrível. Nós saberíamos o que
esperar de quem esperar, saberíamos em quem confiar e em quem não olhar. Bom, não seria tão ruim afinal, não seria tão mal. Apenas faríamos parte de rotinas previsíveis, opacas, rotinas manipuladas. Saberíamos onde pisar, com quem falar na hora certa. Tudo corretamente regrado. Ninguém seria desmascarado talvez, e as surpresas se extinguiriam. Será que quando
palavras, olhares, gestos, falas, passos e escolhas forem banidos de se diferenciar, trair ou apoiar, as rotinas ficarão tão iguais que apenas nos dedicaremos a arte de vegetar ? A resposta para esta pergunta não existe, ou melhor, respostas sempre irão existir, mas resultados precisos são difíceis de se obter. Por isso o melhor a se fazer é seguir a espontaneidade, pois isso, é raro de se ver, e é impossível de se manipular.
esperar de quem esperar, saberíamos em quem confiar e em quem não olhar. Bom, não seria tão ruim afinal, não seria tão mal. Apenas faríamos parte de rotinas previsíveis, opacas, rotinas manipuladas. Saberíamos onde pisar, com quem falar na hora certa. Tudo corretamente regrado. Ninguém seria desmascarado talvez, e as surpresas se extinguiriam. Será que quando
palavras, olhares, gestos, falas, passos e escolhas forem banidos de se diferenciar, trair ou apoiar, as rotinas ficarão tão iguais que apenas nos dedicaremos a arte de vegetar ? A resposta para esta pergunta não existe, ou melhor, respostas sempre irão existir, mas resultados precisos são difíceis de se obter. Por isso o melhor a se fazer é seguir a espontaneidade, pois isso, é raro de se ver, e é impossível de se manipular.
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Porta Entreaberta
Ele olhou, pela porta entreaberta, a dor dela sentada no chão. Apoiando seu queixo nos braços, e estes apoiados nos joelhos.
Sua angústia o atingiu. O desespero de se sentir só.
Via o esforço que ela fazia para ser forte e não derramar nem ao menos uma lágrima. É claro. Ele já devia imaginar. Ela não ia se entregar, assim, tão fácil, à dor.
Com tal simplicidade e leveza em seus atos, adentrou a porta, sem que ela percebesse. Parou ao lado dela, que só notou a presença do rapaz, quando este entrou na frente da luz que a iluminava fazendo com que uma grande sombra a engolisse.
O olhar dela, quando levantou sua cabeça, fez o coração do rapaz se apertar, e sua garganta arranhar, impedindo-o de pronunciar qualquer palavra ou onomatopéia.
Quando ela derramou a primeira lágrima daquela angústia, seus próprios olhos arderam e seu coração se encheu de ternura. Ele podia ver, também, através da dor, sua raiva, por fazê-la chorar. Ele apenas lamentou. Se abaixou para ficar a altura dela. Com as costas da mão, enxugou a única lágrima que salgava-lhe os lábios e gentilmente fez um carinho em sua bochecha, deixando-a levemente corada.
Ainda sem pronunciar qualquer palavra, ele se sentou ao lado dela, igualmente calada, e a abraçou, deixando-a manchar sua camisa com suas árduas lágrimas.
Percebendo a gratidão que ela sentia por não perguntar o porque desse choro, para ele, sem sentido, passou a mão em seus cabelos, e assim ficaram noite adentro.
Via o esforço que ela fazia para ser forte e não derramar nem ao menos uma lágrima. É claro. Ele já devia imaginar. Ela não ia se entregar, assim, tão fácil, à dor.
Com tal simplicidade e leveza em seus atos, adentrou a porta, sem que ela percebesse. Parou ao lado dela, que só notou a presença do rapaz, quando este entrou na frente da luz que a iluminava fazendo com que uma grande sombra a engolisse.
O olhar dela, quando levantou sua cabeça, fez o coração do rapaz se apertar, e sua garganta arranhar, impedindo-o de pronunciar qualquer palavra ou onomatopéia.
Quando ela derramou a primeira lágrima daquela angústia, seus próprios olhos arderam e seu coração se encheu de ternura. Ele podia ver, também, através da dor, sua raiva, por fazê-la chorar. Ele apenas lamentou. Se abaixou para ficar a altura dela. Com as costas da mão, enxugou a única lágrima que salgava-lhe os lábios e gentilmente fez um carinho em sua bochecha, deixando-a levemente corada.
Ainda sem pronunciar qualquer palavra, ele se sentou ao lado dela, igualmente calada, e a abraçou, deixando-a manchar sua camisa com suas árduas lágrimas.
Percebendo a gratidão que ela sentia por não perguntar o porque desse choro, para ele, sem sentido, passou a mão em seus cabelos, e assim ficaram noite adentro.
quarta-feira, 22 de julho de 2009
Tempo
Quanto mais cedo conhecemos algo, mais rápido sentiremos falta. As nossas ações, por mais simples que sejam, podem mudar tudo, podem promover alegria, ou incentivar tristeza. Fazemos de tudo para que alguma coisa aconteça rápido, aceleramos o destino, impedimos o curso natural das coisas, mas nunca reparamos no que deixamos de conhecer e viver por causa de tanta pressa. Anos, meses, dias, horas, minutos, segundos, será que tentando burlar todas essas medidas de tempo, não burlamos também pequenos detalhes que influenciariam imensamente ? Como um segundo pode transformar tudo, e como anos podem não mudar nada. Temos capacidade de interferir no destino, mas será que, é o melhor a se fazer? Tantas palavras não ditas por causa de 5 minutinhos, tantas ações infelizmente concluídas por causa de alguns meses. Pensamos que temos o domínio total perante nossa trajetória, mas será que somos tão bons para não tropeçarmos nos ponteiros do relógio e esbarrar numa decisão tomada há muito tempo, mas que agora não é tão importante ? Vivemos "vidrados" em nossos relógios, que fazem parte do nosso corpo, e até instituímos um relógio biológico em nossa estrutura corpórea, que neura não ?! O tempo passa rápido quando queremos que ele demore a ir embora, e insiste em ficar quando queremos que ele apenas vá. O tempo pode significar vida, ou a ida dela. O tempo marca os momentos de uma vida, de todos os milésimos de segundos que respiramos, e mesmo depois que paramos. E ainda sim queremos controlá-lo de maneira tão autoritária, egocêntrica, mas na realidade é ele que nos domina. É ele que nunca ficará parado, nem ao menos por um insignificante segundo.
terça-feira, 7 de julho de 2009
Gostar Sem Poesia
As letras se desenrolam, as palavras fluem e tomam conta do papel. O vento sopra as palavras em meu ouvido e eu apenas as escrevo.
Um gostar sem poesia. Não existe os sentimentos soltos, sem as palavras.
Poesia...Não existe palavras sem sentimento.
Um gostar sem poesia, torna-se simplesmente nada! Um gostar sem poesia é um amor sem sentimento, ao menos, um sentimento que não é sincero.
E o tempo passa e é como se as letras apostassem corrida para ver que chega primeira ao papel. "Cada uma em seu tempo", eu sempre digo a elas.
As palavras pareciam tomar conta de mim, como se...eu não existisse sem elas. É apenas um vazio...tão grande.
Um gostar sem poesia...simplesmente nada!
Poesia...Não existe palavras sem sentimento.
Um gostar sem poesia, torna-se simplesmente nada! Um gostar sem poesia é um amor sem sentimento, ao menos, um sentimento que não é sincero.
E o tempo passa e é como se as letras apostassem corrida para ver que chega primeira ao papel. "Cada uma em seu tempo", eu sempre digo a elas.
As palavras pareciam tomar conta de mim, como se...eu não existisse sem elas. É apenas um vazio...tão grande.
Um gostar sem poesia...simplesmente nada!
sábado, 27 de junho de 2009
Um palco vazio
Dói deixar para trás, ter de abrir mão de algo que já foi nosso. Dói. Machuca ter de olhar o pôr de sol e perceber: puxa, com o dia você se foi. As lembranças passam a assolar nossa mente, incisivamente. E com o vento meu cabelo fica solto no ar, minhas lágrimas ganham o poder de voar, e cair, e por fim no chão são absorvidas e banidas de novamente encontrar a luz. Corrói ter de ver aquilo que você amou, ou ao menos se importou ter de ir para qualquer lugar que meus olhos já não podem alcançar com facilidade. E o nosso coração bate apertado, bate sobre a barreira da distância. O mundo, algo tão distante, rouba o que é meu, e o que é seu também, corta linhas traçadas, trazem suspiros encharcados de um sentimento vazio, solitário. E nas entrelinhas desta história sempre está alguém, que sorriu, que amou e que agora apenas é. Na coxia sempre fica o músico, o ator, a bailarina, esperando pela sua chance de conquistar tantos olhares, aplausos, sorrisos. Após o espetáculo, cadeiras vazias, sapatilhas desamarradas, pianos desafinados, máscaras solitárias, silêncio, apagam-se as luzes. E a doce dançarina solta seus cabelos, que ficam soltos no vento, sem rumo. Ela que já gozou de tantos aplausos agora tem de contentar-se com o espetáculo de lágrimas sendo absorvidas. O músico, tem de apreciar a harmônica melodia do silêncio, sim, ele que já teve tudo, agora sente a dor de não poder ouvir nada. E o ator, bem, o ator pode meter-se em um personagem qualquer, e ter o gosto de ser solitário por conseqüência de seu nobre papel, mas ainda sim sente os calafrios do nada batendo a sua porta todos os dias.
terça-feira, 23 de junho de 2009
Por Trás de Um Personagem
Sempre atrás de cada risada, escondo um grande segredo. Sempre atrás de cada sorriso, escondo uma parte de mim. Sempre atrás de cada olhar, escondo um sentimento. Seja dor, seja sofrimento. Agonia, ou quiçá felicidade. Raramente algo sincero, que faz-me despertar desse personagem.
Personagem que criei com tanto desprezo, porém ao mesmo tempo, com a sagacidade de quem sabe se envolver. Envolver no enredo dessa história fictícia.
Todos, tão ingênuos, acreditam no olhar da pobre criança desamparada, que sorri para o nada e acha graça de tudo. Não veem que por ali correm lágrimas de sangue, faz-me sangrar o coração, escondido em uma superfície escura, inteirando o negrume da noite de meu ser.
Sempre atrás de cada palavra, há uma história a ser contada.
Personagem que criei com tanto desprezo, porém ao mesmo tempo, com a sagacidade de quem sabe se envolver. Envolver no enredo dessa história fictícia.
Todos, tão ingênuos, acreditam no olhar da pobre criança desamparada, que sorri para o nada e acha graça de tudo. Não veem que por ali correm lágrimas de sangue, faz-me sangrar o coração, escondido em uma superfície escura, inteirando o negrume da noite de meu ser.
Sempre atrás de cada palavra, há uma história a ser contada.
quinta-feira, 18 de junho de 2009
Convicções inusitadas
E pela primeira vez me olhei no espelho e não gostei do que vi. Não apresentei argumentos plausíveis ao meu cérebro, e sinapses favoráveis a um sentimento de orgulho não se concretizaram. Olhei ao redor e perguntei para mim mesma: Quem sou eu? Uma pessoa totalmente influenciada pelo meio, foi a resposta que obtive. Desde quando meu inconsciente passou a ser tão honesto? A dor da decepção é forte, mas a decepção consigo mesmo machuca mais ainda. Nós afirmamos e defendemos tão veementemente nossas convicções durante toda a vida para de repente nos depararmos com uma realidade distante da idealizada. Uma realidade dúbia, uma realidade totalmente viciada em nossos mais sutis interesses. E como é perturbante perceber que construímos mentiras sobre mentiras, enquanto pregamos a verdade. O ato insano de viver nos prega peças constantemente, que nos fazem tropeçar, cair, imaginar, sonhar, e como conseqüência, nos decepcionar. E depois choramos o leite que já foi derramado muito antes de nele escorregarmos. Mas o tempo sempre amortece, nos fazendo esquecer o que foi danificado . Tantos erros dignos de glória, tantos acertos dignos de desprezo. Tudo tão simples, complicado, tudo simplesmente inusitado.
segunda-feira, 8 de junho de 2009
Infinito de Duas Palavras
Decepcionastes, assim como eu decepcionei. Me enganastes, assim como te enganei. Mentistes, assim como eu própria, menti. Me decepcionastes, não porque fizera algo errado, mas simplesmente porque eu errei. Eu, como sempre, acreditei no que tu disseste. Esperei que fosse aquele, que minha imaginação queria que fosse. Esperei que fosse aquele, que meu coração queria que fosse. E como sempre, mais uma vez, me decepcionei, com alguém que nem ao menos teve culpa, alguma.Sempre crio certa expectativa, de algo que não existe. Sempre me decepciono, e nem ao menos posso culpar alguém, a não ser a mim mesma, por ser tão ingênua, e crer em todos. Sempre acredito, no que não deveria, sempre falo sem pensar, sempre durmo sem querer, sempre sonho sem nem ao menos ter a capacidade de imaginar. Sempre estou perdida num infinito que consiste duas palavras: Sempre...e é claro, o Nunca.O Nunca, assim, como o Sempre, é meu parceiro de longa data. Está, todos os dias me acompanhando, onde quer que eu vá. Me entrega. Me nega. Ele apenas não permite.Infelizmente, ele não nega a decepção que já senti. O Sempre, não afirma a decepção que farei os outros sentirem.Eu ainda irei mudar. O Nunca, vai ter que me deixar, ao menos uma vez.
Daltonismo social
O que eu realmente quero? O que eu quero é correr rumo ao mar sem direção, porque sei que ele não tem fim. O que eu quero é dar grandes saltos, sem depois levar grandes tombos decorrentes de enormes quedas. O que eu quero é poder ver as cores brilhantes da primavera sem que o daltonismo social afete meu ser e entristeça meu dia. Eu quero alcançar verdades nunca antes descobertas, e quero trancar a sete chaves segredos com os quais não posso conviver. O que eu quero é poder acreditar nas pessoas sem ter de chorar depois, me olhar no espelho e dizer: como sou tola. O que eu quero é comprar e não me arrepender, é acreditar sem desconfiar. O que eu quero não é um mundo melhor, porque o mundo é o mesmo, o que mudam são as pessoas que o cercam, que o consomem, que o denigrem. O que eu quero é um dia poder me olhar no espelho e reconhcer minha alma limpa, sem ressentimentos. Pois a mágoa destrói sentimentos tão peculiares que poderiam ser expressos, porque a mágoa magoa e corrói. E a vida não pode ser corroída e depois simplesmente vivída, e depois simplesmente banida.
Não me conheço
Não me conheço mais. Não sei quem eu sou, muito menos quem eu quero ser. Não sei o que fiz, o que faço, ou o que quero, um dia, fazer. Não sei o que penso. Não enxergo mais meus pensamentos, não tenho mais acesso à eles. Não sei o que sinto. Não sei nada sobre sentimentos, muito menos sobre os meus. Não sei se já senti e se, alguma vez, senti algo...não sei o que. Não me conheço, não me lembro, não quero. Não quero mudar. Não quero me mudar. Mas não sei se, realmente, mudei. Não sei quem eu era, para saber quem eu sou. Não sei o que eu era para saber o que eu sou. Não sei se tinha amigos. Se tinha, não me lembro nada sobre eles. Não sei se tive amores. Hoje é simplesmente uma escuridão. Meu passado...meu presente. Eu não mais enxergo. Não sei se um dia eu pude ver. Não ouço e não sei se algum dia meus ouvidos tiveram alguma utilidade. Porém ainda sei escrever e tenho palavras na memória. Escrevo-as para um dia saber que eu, no passado, fui.
O vento
O vento corre, acaricia, machuca, o vento passa, o vento devasta, mas acima de tudo o vento carrega, tudo que vê , tudo que sente. Minhas lembranças, minhas imagens, minhas histórias, enfim, tudo o que está ao meu alcance, ele carrega. Muitos verões, muitos invernos, mas você sempre está lá, passando repentinamente, levando as folhas caídas, tristezas escondidas, lembranças amortecidas. Não importa o quanto pesa, ele sempre carrega, e por isso não me preocupo com pequenas preocupações preocupantes, porque eu sei que no fim, nada restará. Afinal, o futuro a você pertence, afinal, o futuro é a esperança de que tudo não passará de acontecimentos, engraçados, tristes, estranhos. Mas todos eles, você fará questão de carregar, em direção ao mar, horizonte, em direção ao nada, em direção ao infinito.
sábado, 6 de junho de 2009
Saudade do que passou
Saudade do que passou, saudade do que não vai voltar. Se a saudade um dia bate, é porque um dia algo marcou sua vida, não importa se foi por um milésimo de segundo ou se foi um momento tão intenso e surreal que as unidades definidas para expressarem tempo já não são suficientes. Aquele momento em que a pessoa amada partiu, e nosso mundo perde o rumo, nossas mentes já não tem objetivos, nossa respiração já não tem ritmo, e nossos olhares já não tem mais interesse em apreciar o simples fato de viver. O simples ato de viver passa a significar algo tão mais doloroso quando tudo o que temos é a vaga lembrança do que se foi, e não voltará. A angustia é parte do cotidiano agora, sinto que busco a reprodução daquele sentimento que um dia dilacerou minha alma e repentinamente mudou toda a concepção que eu tinha de intenso sentimento suave e eterno. Saudade do olhar que já não vejo, que já não sinto penetrar tão profundamente em mim a ponto de provocar a mais pura alegria. A dor de pensar que tua presença não mais posso ter, é capaz de tirar a cor do meu mundo, é capaz de furtar o sopro de vida de o meu simples agir. Dentro de um vazio de conclusões, dentro de um nó de pensamentos, minha alma se encontra: leve, mas densa, suspensa. Encontro seu reflexo, avesso. Desconheço sua identidade, mas lá você está imóvel, para sempre, perdido no meu limitado infinito. Espero que um dia o brilho do seu olhar, esse eterno símbolo particular para nossa singularidade reflita o nobre sentimento que existe ou existiu, inexprimível, inatingível. Mas nunca inexpressível, mas nunca vazio: apenas profundo, eterno enquanto sincero. Nossas vidas foram baseadas nessas ilusões tão boas, nossos atos espelhavam nós dois como um só, um todo inigualável. Tudo seguia um rumo, uma direção, e lá estava os nossos objetivos, seguir juntos, ainda que distante, ainda que cada um estivesse em seu próprio luar. Você pertenceu a mim, e eu a você, mas nunca nos apoiamos nessas conclusões que não são precipitadas, mas muito menos pensadas. Sua vida fez parte da minha, até mesmo quando seus voláteis pensamentos fossem perenes sobre alguma decisão que parecia tão bem baseada em nosso próprio mundo. Para sempre, no nosso destino mortal eu pertenci a você. Consumia-te com o meu brando e delicado olhar. A tua presença por incontáveis e inexplicáveis vezes me enobreciam, meus sentimentos eram profundamente apaixonados e eu podia sentir que por muito tempo eu também acabava influenciando intensamente o resultado final do seu dia. Mergulhados em nosso círculo vicioso estávamos. Pude sentir com tanta força seus toques premeditados e cautelosos em minha pele, que arrepiada ficava com a simples preposição que um dia voltaria a ser tocada por alguém tão doce. Nossas vidas se encaixavam perfeitamente e espero que não por acaso, pois o que havia entre nós não podia ser fruto de um singelo encontro não premeditado. Tudo o que acontecia nos envolvendo não ficava desgastado com o passar dos anos, apenas modificava-se, ficando ainda mais singular. Tenho certeza que você podia sentir minha respiração ofegante quando o meu sincero olhar te buscava com a vontade que eu jamais seria capaz de imaginar possuir. Por mim você dedicou atos que transbordavam de amor e que eu nunca seria capaz de reproduzir, pois ficaria perdida, enfraquecida perante o seu singelo sorriso. Se com as estrelas meus olhos tentem se fechar, sua face perfeita fica gravada em meus pensamentos inundados de instabilidade por possuir algo tão mágico. Costumava admirar cada linha e entrelinha que você carregava no seu corpo e mente. Não tirava muitas conclusões, pois ficava anestesiada por saber que algo daquilo supostamente me pertencia. Um dia espero que a sua magnitude seja pelo menos um pouco compreensível para mim e eu possa obter uma paixão ainda mais intensa do que um dia pude exprimir para e por você.
Posso apenas basear meu futuro dizendo-lhe que enquanto pertencer a esta realidade, cada segundo da minha existência será dedicada ao nosso amor.Você marcou minha vida a ponto de nossas almas rumarem sincronizadas, eu acreditava que éramos um só, pois nosso amor foi muito mais que linhas de um poema ou simples gestos de afeto, nosso amor foi fruto da mais pura, fiel e intensa relação.
sexta-feira, 5 de junho de 2009
Tristeza em Desamor
É o que eu sinto do meu peito. O que há de ser? Uma pequena garotinha sagaz, em um momento inoportuno demais. O que há de ser? Se duas pessoas que mal conhecem um ao outro, descobrem juntos um tesouro: o amor, obviamente, um sentimento despertado na dor de quem não sente.
O que acredito, o que vejo, o que desejo. Nem tudo é sempre igual, aliás, nada é igual.
É lhe dado um presente, um momento, um passado, ou quem sabe, um futuro, para ver novamente, o outro lado de quem não mente.
Não é preciso ser esperto, no entanto, para se dar conta do que acontece no despertar de um encanto. É um, é dois, nunca três ou mais, ou apenas um, jamais. É dois, duas pessoas, que se entregaram a uma nova, mas tão antiga descoberta.
São dias, horas infinitas, intermináveis, incontáveis, em que se escondem segredos, e negam mentiras; mentiras jamais contadas e nem se quer, um dia, pensadas.
São semanas, meses, anos em que se “produzem” diferentes sentimentos e forma de manifestá-los. Afinal, é de alguém odioso que se sente o ódio. E desde quando odiar é o certo? E desde quando as pessoas não fazem nada errado, infelizmente?
Será, que um dia, ao menos, poderemos viver, e não somente nos mantermos vivos e respirando? Diante de todos os acontecimentos e pensamentos rondando nossas mentes e nos deixando atordoados de tal forma que não conseguimos sentir? Sorrir? Risos? Desde quando isso pode ser sincero? Se é ou não é, pode ou não pode, deve ou não deve, tem ou não tem. Desde quando isso se tornou obrigação para se sentir, supostamente, feliz?
- As palavras dançam, rimam, satisfazem, ou não. Mas expressam o que o homem realmente quer dizer. -
O que acredito, o que vejo, o que desejo. Nem tudo é sempre igual, aliás, nada é igual.
É lhe dado um presente, um momento, um passado, ou quem sabe, um futuro, para ver novamente, o outro lado de quem não mente.
Não é preciso ser esperto, no entanto, para se dar conta do que acontece no despertar de um encanto. É um, é dois, nunca três ou mais, ou apenas um, jamais. É dois, duas pessoas, que se entregaram a uma nova, mas tão antiga descoberta.
São dias, horas infinitas, intermináveis, incontáveis, em que se escondem segredos, e negam mentiras; mentiras jamais contadas e nem se quer, um dia, pensadas.
São semanas, meses, anos em que se “produzem” diferentes sentimentos e forma de manifestá-los. Afinal, é de alguém odioso que se sente o ódio. E desde quando odiar é o certo? E desde quando as pessoas não fazem nada errado, infelizmente?
Será, que um dia, ao menos, poderemos viver, e não somente nos mantermos vivos e respirando? Diante de todos os acontecimentos e pensamentos rondando nossas mentes e nos deixando atordoados de tal forma que não conseguimos sentir? Sorrir? Risos? Desde quando isso pode ser sincero? Se é ou não é, pode ou não pode, deve ou não deve, tem ou não tem. Desde quando isso se tornou obrigação para se sentir, supostamente, feliz?
- As palavras dançam, rimam, satisfazem, ou não. Mas expressam o que o homem realmente quer dizer. -
Assinar:
Postagens (Atom)