quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Ponto, afinal.


  A cada eufemismo, a cada hipérbole, contribuímos com a gradação degenerada do nosso ser. Degradação constituinte. Cada i no seu pingo, ou cada pingo no seu i. Cada ponto com seu ponto, e eu fico sem ponto, afinal. Ponto final. 
  Cansei. Quero agora exclamações! Quero isso! Quero aquilo! Quero nada.
  As mazelas e lamentações. Ponto ponto ponto. 
  Voltamos a calmaria. Voltamos a por pingos nos is. Voltamos a sentir-nos inertes perante decisões que não foram tomadas. 
  Eu quero um ponto final. Eu quero um ponto, afinal.