quarta-feira, 26 de maio de 2010

Generalização Social

  É tudo igual. Ele olhava ao seu redor, a procura de algo, porém era tudo igual. Eram todos iguais. Atordoado, se via em um mundo de mesmice. Uma rotina constante se fazia diária em seu dia-a-dia.
  A generalização da mente e das ideias, já era coisa usual de se notar. Generalização de pensamentos, e de sentimentos.
  Todos iguais. 
  As pessoas, as mesmas, sempre as mesmas, passavam ao seu redor com um olhar de desdém estampado em seus rostos, ao observar o louco, a aberração no meio da rua.
  Ele, angustiado, olhava para o céu, buscando alguma saída daquela rotina de pessoas, de ideias e de paisagens.
  Homens e mulheres passavam rapidamente por ele, que ia tonto, de um lado para o outro, enquando as pessoas mal o notavam.
  E de homem, passou a ser aberração. E de aberração, passou a ser invisível.

sábado, 1 de maio de 2010

Tempestade

                 Mais uma vez o tempo se decepcionou, chorou, gritou, chocou, desabou. E tudo isso sob nossas cabeças ditas pensantes. Nada fizemos, nada falamos.
                 Observamos a tempestade exaurida de sentimentos se fazer real perante nossas construções físicas e mentais. Olhares aflitos e conduzidos pela insegurança planavam pelo local, que dessa vez, era a terra dos homennzinhos prepotentes que se dizem muito, e não são nada além de mísera poeira diante do infinito.
                 Ficamos todos ali, reduzidos ao perturbante nada, reduzidos à humilação da efemeridade do nosso existir. Esperando que o tempo desse uma trégua, para que pudéssemos continuar a nos vangloriar por nada mais que idéias sem fim.