quarta-feira, 28 de julho de 2010

Delírio

  Ela estava deitada em seu manto negro estendido em meio a relva, diante daquele paraíso desconhecido, e portanto, inabitado. A medida que a lua nascia, ia iluminando a garota com todo seu brilho que era gentilmente cedido pelas estrelas. E como se tivesse sendo atacada pelas luzes de um holofote, se via como personagem principal daquele espetáculo.
  Observava as estrelas majestosas, pequenos pontos de luz, inspiração para tantos poetas perdidos em seus próprios delírios. Ela mesma delirava perdida em meio as nuvens e as folhas ao redor.
  O vento acariciava lhe o rosto e ela se submetia aos seus encantos. A noite cada vez mais escura, devolvia o olhar intenso da menina estirada no chão...no céu.
  Seus olhos aos poucos iam se entregando, suas pálpebras, lentamente, se fechando, enquanto sentia o céu desmoronar. E assim, morreria observando as estrelas caírem sobre si.