sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Lágrimas De Chuva

 Há tanto tempo ela não se sentia tão livre como estava se sentindo agora. A paz e a calmaria a cercavam, entregando-a ao mundo; a envolviam, protegendo-a dos gritos de angústia dos que tentavam se aproximar.
 Ela, com uma força incrivel, não se abalava. Continuava com a mesma feição tranquila, enquanto o vento soprava o desespero em sua face, brincava com seus cabelos, amaldiçoando-a, uma vez que ela ficava indiferente a brisa que lhe acariciava.
 Enquanto caminhava pela rua deserta, sem piedade de seus pés que já gritavam, suplicando por um descanso, o céu chorou.
 A primeira gota de chuva chegou a sua face com um toque doce e gentil, fazendo-a chorar, em companhia para as nuvens que insistiam em esconder os raios de sol.
 A calma, a paz, a tranquilidade a cercavam.

3 comentários:

Tatiana Sideratos disse...

Lindo, enfim algo alem do desespero.
O texto ficou lindo, o sentimento por tras das lagrimas mostra alguem querendo ser liberta, alguem que depende daquela gota para sobreviver em paz.

Algo de mim disse...

Adorei! Eu escrevia muito assim, haha, me lembrou bastante eu mesma!
To sem tempo agora mas depois eu volto pra dar uma olhada aqui que eu não venho há um tempo!
Obrigada pelo comentário querida!
Beijinhos!

Monologuista Acompanhado disse...

Muito belo seu texto, ainda assim fiquei curioso em tentar entender qual a situação anterior pela qual a personagem passava. Acho que permanecerá um mistério. hehe.

As vezes é preciso algo mais concreto para entendermos o que estamos vivendo, o vento não foi o bastante, foi necessário uma gota para que a personagem percebesse seu contexto.

Gostei bastante, até. =]

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