O cotidiano se arrasta pelo mundo afora. A música, as vezes, alta demais, toca sem cessar durante todo o percurso. O clima de final do dia está estampado no rosto daqueles que, diariamente, se veem mortos, ou próximos do fim.
A nudez de seus pensamentos, deixa explicito em suas faces, quão exaustos estão. Não importa. São fracos demais. Os fortes não se cansam, certo?!
As pessoas formavam uma multidão esmagada. Como animais, lutavam ferozmente pelo seu território. Pelo seu pedaço de terra. Ou pelo seu assento e um espaço dentro do ônibus.
Como uma guerra, era tudo uma questão de sobrevivência.
O céu está pegando fogo. O sol se esconde atrás dos enormes edifícios, em uma tentativa de melhorar o dia, com uma bela paisagem. Porém o fogo aquece o céu. O céu desaba. O céu desaba sobre as cabeças daqueles que seguem a rotina sofrida.
O cotidiano se estende pela sociedade adentro. O cotidiano se arrasta pelo corpo adentro.
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