A carta de socorro foi entregue. Aquele último grito inaudito.
Abandonado, se foi. Escondido, nas asas de um sussurro. Atrás de cada palavra que lhe fugia pelas mãos.
Escorregava por entre os dedos.
As palavras já não diziam, gritavam.
A voz já não saia,
engasgava-se nas próprias lágrimas.
Cada gesto gerava suspense. Ficava em suspenso.
Eram surdos e tolos.
As lágrimas não chegaram a cair.
O grito não chegou a ser ouvido.
A carta não chegou a ser lida.
O socorro não chegou.
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