As
horas vagas. Vagam. Vigiam e semeiam. Colhem a insônia.
Erroneamente,
sentem-se inúteis. Inutilmente, sentem-se desprezadas. E não são?
Horas
vagas.
Colhem
a insônia, e assim, acreditam que seus papéis estão feitos. Seus trabalhos,
realizados. Talvez tenham sim, uma utilidade, afinal.

Horas
que vigiam o sono dos transeuntes. Proíbem-os de sonharem. Proíbem-os de
sequer, viverem.
A
insônia dá as boas-vindas novamente.