O ponteiro corre no sentido anti-horário. O tempo se recusa a passar. O tempo está em greve. A grave doença que o tempo pegou.
Agora não passa mais.
Assim, envolvida nessa angústia, observando o ponteiro se mover lentamente, a noite também se faz mais longa, aproveitando todo o tempo - aquele que não passa - para si.
A noite mais longa. O ponteiro mais curto. O tempo parado.
E nós, parados no tempo. E nós, parados com o tempo. E nós, envolvidos com o tempo.
Aquele, que hoje, rege nossas vidas. Aquele que rege a minha vida. Vida, esta, que há tempo abandonei. Vida esta, que permanece, em companhia para o tempo, em um estado estacionário.
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
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