segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Rua Sem Saída

  Estou perdida nesse mundo sem saída. Estou perdida em uma rua de mão única. Estou perdida entre buracos e bueiros, que refletem minha mente, e a torna mais difícil de se compreender. Com tantas falhas e erros como qualquer um.
  Qualquer um. Qualquer um.
  Estou andando a esmo, sem caminho certo a trilhar, sem uma trilha certa para seguir.
  Eu corro e me desencontro. Vejo minha imagem desesperada refletida nas poças. Vejo minha imagem distorcida nas poças. Vejo minha vida distorcida nas poças. E a posse de tudo aquilo que foi meu, eu já não tenho mais.
  E aquela com pensamentos confusos, é aquela que já não existe mais. E seus anseios e devaneios...se esvaem.
  Estou perdida em um mundo distorcido. Estou perdida em uma rua sem saída.

3 comentários:

Algo de mim disse...

Primeiro, eu adoro quando você passa no meu blog e deixa um comentário. Levo muito em consideração elogios de pessoas que escrevem - principalmente bem como você!
Segundo, gostei demais do seu texto. Achei ele forte sabe. Adorei o jogo de palavras que você fez com poça e posse.
Adorei a imagem distorcida da pessoa e da vida na poça. Sempre é assim né? A gente vai andando por aí vendo nossa imagem distorcida em tudo que a reflete. Será que algum dia a gente vai conseguir ver nossa imagem real, como ela é? E quem sabe se sentir segura e no lugar certo e não perdida numa rua sem saída?

parabééns! muitos beijos
ge

Caroline Buss disse...

Adorei também o jogo de palavras e você escreve muito bem mesmo! Passamos mesmo por esses momentos em que não conseguimos nos ver realmente como somos e sim de uma forma distorcida e irreal. Muito bonito!

Alberto Ritter Tusi disse...

Ah, mas que coisa boa de se saber. Idem. Te sigo.

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