sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Lágrimas De Chuva

 Há tanto tempo ela não se sentia tão livre como estava se sentindo agora. A paz e a calmaria a cercavam, entregando-a ao mundo; a envolviam, protegendo-a dos gritos de angústia dos que tentavam se aproximar.
 Ela, com uma força incrivel, não se abalava. Continuava com a mesma feição tranquila, enquanto o vento soprava o desespero em sua face, brincava com seus cabelos, amaldiçoando-a, uma vez que ela ficava indiferente a brisa que lhe acariciava.
 Enquanto caminhava pela rua deserta, sem piedade de seus pés que já gritavam, suplicando por um descanso, o céu chorou.
 A primeira gota de chuva chegou a sua face com um toque doce e gentil, fazendo-a chorar, em companhia para as nuvens que insistiam em esconder os raios de sol.
 A calma, a paz, a tranquilidade a cercavam.