Não posso, ou melhor, não consigo mais sentir meu interior guiando minhas ações rotineiras. Eu sei que é algo diferente, pouco usual, mais prefiro viver assim do que freneticamente tentar achar sentido onde não há. Vivemos querendo arranjar explicações plausíveis para situações corriqueiras causadas por nós mesmos, mas a verdade, é que, não há uma regra linear com a qual possamos lidar. Nossas vidas são nada mais do que invenções desenhadas num dito presente, que é constante metamorfose, que se transforma em futuro antes que percebamos que o dia já virou noite. É difícil não surtar, ou afastar-se da sanidade quando nos deparamos com o famoso dilema: ser ou não ser. E quando paramos pra pensar que mal sabemos de onde viemos ou para onde vamos, a tragédia de viver plenamente se transforma em complexidade incompreensível. Incompreensível é pensar que somos muito sem saber ao menos o que somos. Mas, para não me perder novamente diante de meus pensamentos ditos ilusórios, é melhor voltar para minha robotizada e rotina, antes que o trem parta e eu fique presa na estação das interrogações novamente.
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
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