quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Lar Prisioneiro


  Em minha casa da árvore enlouqueço, me esqueço, feneço...criado em nuvens sem nome, sem chuva e sem choro, solitário, me perco entre os raios de sol que não me aquecem.
  Em um frio embalante, em minha casa da árvore, eu estou. Como criança desamparada, não grito e não ouço. Nem os pássaros chegam até mim. Solitário eu estou.
  Em um silêncio constante permaneço. O tempo não passa por mim. Me esquece, me enlouquece, e em minha prece, não peço, suplico.
   Em uma altura distante. Não me encontro, só me perco mais e mais, preso em memórias passadas e lembranças renegadas. As palavras também me deixaram. Foram e não voltaram.
  Em uma prisão ilusória me perdi. Em minha casa da árvore, vivo, desde então.